POCTEP nos 'media': "Projeto AERIS reforça cooperação transfronteiriça

 

 

DIARIO DO SUL, 25/07/19

 

O Projeto AERIS visa a integração e melhoria da competitividade do cluster aeronáutico da região transfronteiriça Andaluzia-Alentejo, sendo cofinanciado pelo programa Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP).

Com a implementação do projeto 0455_AERIS_5_E é pretendido impulsionar o uso eficiente das infraestruturas físicas (centros tecnológicos, incubadoras empresariais e tecnológicas, parques industriais, etc.) e intangíveis (software e redes de conhecimento), no território Andaluzia- Alentejo.

O objetivo é promover a colaboração público-privada em todos os âmbitos relacionados com a inovação no setor aeronáutico, incluindo a planificação de novos investimentos para o desenvolvimento de um centro de atividade aeronáutico Andaluzia/Alentejo competitivo no mercado internacional, bem como o estabelecimento de uma plataforma territorial que alavanque a cooperação, o desenvolvimento e a transferência de conhecimento no domínio da aeronáutica.

O consórcio é atualmente composto no Alentejo pela Agência de Desenvolvimento regional do Alentejo (ADRAL); pelo Cluster Português das Indústrias de Aeronáutica, do Espaço e da Defesa (AEDCP); pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEIIA); pelo Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT) e pela Universidade de Évora (UÉ); na Andaluzia pela Agencia de Innovacion y Desarrollo de Andalucia (IDEIA), pela Câmara de Comércio de Sevilha, pela Fundación Andaluza para el Desarrollo Aeroespacial (FADA) e pela Universidade de Sevilha.

 

 

ADRAL garante que o setor aeronáutico vai afirmar-se no Alentejo

A Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL) está envolvida num projeto de cooperação transfronteiriça entre nove entidades da região Alentejo e da Andaluzia. De acordo com o diretor-geral, Victor Dordio trata-se de um projeto inovador porque “esta fileira do setor aeronáutico é relativamente nova no Alentejo”, adiantando que não há uma tradição como existe no agroalimentar e nos recursos minerais, por exemplo.

Neste sentido, o responsável explica que há um caminho que está a ser desbravado em cooperação com “os nossos amigos” da Andaluzia e tanto quanto lhe é dado conhecer “os resultados têm sido francamente animadores”. Victor Dordio adianta também que há perspetivas de que no futuro esta fileira aeroespacial possa “consolidar o seu espaço, inclusivamente com os anúncios recentes da fusão da Embraer com a Boeing e o eterno problema do aeroporto de Beja”, afirmando-se como uma antecâmara para um setor que vai afirmar-se pelo seu potencial na região.

O diretor-geral da ADRAL garante que os parceiros do projeto estão a tentar conciliar as infraestruturas tecnológicas, os centros de saber, nomeadamente as universidades de Sevilha e de Évora, os politécnicos de Beja e Portalegre, algumas empresas que já estão a trabalhar no setor aeronáutico e depois um conjunto de pequenas empresas que podem ser fornecedoras dos mais diversos serviços. “A ideia é despertarmos alguns potenciais investidores para apostarem em subsetores que sejam capazes de servir o setor aeroespacial e é nesse sentido que estamos a traba-lhar”, frisa.

 

AEDCP considera AERIS como alavanca para a competitividade

À Associação Portuguesa para o Cluster das Indústrias Aeronáutica, do Espaço e da Defesa (AEDCP) cabe a missão de reforçar o papel da inovação nestes setores em que trabalha. O diretor-geral, Rui Santos salienta que nas áreas globais e muito competitivas, mas com cadeias de fornecimento muito fechadas e com alguma inércia, “a inovação é efetivamente a maneira mais inteligente de conseguir entrar nesse espaço, particularmente para atores relativamente novos como é o caso de Portugal”.

O dirigente evidencia que tem havido uma dinâmica de crescimento “impressionante” e que a região está, cada vez mais, a mostrar que tem competências e capacidades.

Contudo, adverte que ainda “há muito trabalho a fazer”, considerando que é através da inovação e de uma cultura de inovação mais forte, de partilha de experiências, de cooperação que “vamos conseguir introduzir no mercado produtos verdadeiramente diferenciadores que é o que está à procura”.

Rui Santos realça que este projeto AERIS é essencial para reforçar a necessidade e importância da inovação, “assumindo-se como a porta de entrada em cadeias muito competitivas”.

 

PACT potencia a ciência e tecnologia ao serviço da aeronáutica

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT) surgiu como parceiro do projeto AERIS para garantir o interface com as empresas e dinamizar e fomentar a transferência de tecnologia que existe nos centros de investigação no Alentejo para as empresas e vice-versa. A afirmação é do assessor da administração e um dos técnicos que está a implementar este projeto, Alexandre Alves.

Para este responsável, o setor aeronáutico é estratégico não só para o desenvolvimento do parque, mas da ciência e tecnologia no Alentejo, sublinhando que o AERIS pretende contribuir para a consolidação do cluster. E exemplifica: “Temos a Embraer, a Mecachrome e há outras empresas que estão previstas fixarem-se cá, o que demonstra que é uma área que representa uma mais-valia para a região porque são empresas que estão a trabalhar em áreas de alto valor acrescentado”.

Alexandre Alves sustenta que o setor traz dinamismo ao mercado, capta e ajuda a fixar recursos humanos qualificados e potencia competências transversais que podem ser usadas em outras áreas neste território. “É um tipo de setor que qualquer região deseja ter e sendo nós uma região formalmente desfavorecida, a área da aeronáutica é efetivamente muito importante”, afiança.

 

CEiiA aponta a inovação como fator diferenciador do cluster

O Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA) é outro dos parceiros deste consórcio e também considera que o cluster aeronáutico tem um a grande importância para o território regional e nacional, mas precisa, no entanto, de ter massa critica, capacidade de desenvolvimento, atração de investimento e de estar em grandes projetos com criação de valor e inovação.

João Carlos Mateus, membro da Direção Executiva e diretor das relações do CEiiA defende que o cluster para crescer e ser competitivo, tem de ter os melhores produtos e serviços sendo fundamental que “haja uma maior combinação de conhecimento, da tecnologia, e uma cooperação entre entidades que cumpram os novos modelos aeronáuticos” e desta forma estar na linha da frente que é também o objetivo do AERIS.

O responsável afirma que embora este projeto transfronteiriço não tenha uma dimensão, “é muito interessante porque tem como finalidade conhecer bem os players e as entidades que fazem parte deste setor tão exigente”. A seu ver, é preciso perceber as necessidades futuras de crescimento, transferência de conhecimento e cooperação, bem como definir qual deve ser a ligação entre entidades para que seja alcançado o fim último que é fazer do Alentejo “uma região mais competitiva” e uma referência neste sector que é intensivo em tecnologia e na criação de valor.

O CEiiA diz ver este projeto como inicial e de arranque para que outros possam surgir, nos quais tem de existir obrigatoriamente a cooperação entre entidades.

 

AERIS projeto importante para a Universidade de Évora contribuindo para entrar em instituições europeias no domínio aeronáutico/aeroespacial

O AERIS é um projeto que visa facilitar o encontro das várias áreas da aeronáutica, espaço e defesa, sendo a Universidade de Évora um facilitador em termos de produção e transferência de conhecimento.

É deste modo que o Professor Manuel Pereira dos Santos define o projeto fronteiriço, avançando que era necessário criar um local onde pudessem ser lançados projetos de evolução, isto é, que as instituições superiores pudessem falar entre si e que esses saberes sejam verdadeiros contributos para o desenvolvimento a nível regionais destes três setores.

O docente e investigador evidencia que o AERIS visa criar um cluster de um e outro lado da fronteira, capaz de colocar a colaborar pessoas, grupos, empresas e instituições universitárias que se dedicam a estas áreas de futuro.

Na Universidade de Évora, o responsável pelo projeto é o Professor Rui Melício que destaca a criação de conhecimento como elemento decisivo para a troca de conhecimento. E explica: “Isto significa a aposta em investigação científica e de ensino nos cursos de primeiro e segundo ciclo, bem como de doutoramento é fundamental para conseguirmos crescer neste domínio”.

O docente e investigador Rui Melício evidencia que a função da universidade é valorizar o conhecimento na zona onde está inserida, dando o exemplo de que a instituição já está inserida em outros projetos nestas três áreas de referência, “o que nos permite a entrada em instituições europeias”.

 

 

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